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Renato Gaúcho fala sobre estratégia do Fluminense para 'segurar' Vegetti

Profissional
25 de mai. de 2025há 24 dias

Renato Gaúcho rendeu elogios ao time do Fluminense na vitória de virada por 2 a 1 sobre o Vasco na noite deste sábado, no Maracanã, pela 10ª rodada do Brasileirão. O treinador destacou o entrada do time e capacidade de manter o estilo de jogo mesmo com mudanças em relação ao último jogo.

- O Fluminense foi melhor hoje em todos os sentidos e nós merecemos esses três pontos, pela entrega, dedicação e pelo que os jogadores fizeram em campo.

- O importante foi a entrega, a atitude que o meu time teve. Na minha opinião, o meu time foi melhor o tempo todo. Logo depois que tomamos o gol não nos desesperamos, continuamos jogando, e então o Vasco cresceu um pouquinho na partida, uma coisa normal, mas tomamos a rédea do jogo novamente.

No jogo, o Vasco foi quem abriu o placar com João Victor, mas viu Vegetti igualar para o Fluminense, em gol contra. Guga, no segundo tempo, marcou um golaço e decretou a virada. O treinador elogiou o desempenho dos laterais e revelou brincadeira com o defensor no vestiário.

- São inteligentes, atacam bastante o espaço. Foi assim o Samuel também em Brasília (na Copa do Brasil, penúltimo jogo). Eu não gosto que meu lateral fique fixo e faça somente jogadas de fundo. Se tiver brecha para ir por dentro ele tem que ir. Essa liberdade eu gosto e eu gosto de ver eles entrando por dentro. Foi assim na quarta com Samuel e hoje com Guga, acertando aquele chute de fora da área. Eu até brinquei com ele depois do jogo: 'eu teria defendido aquela bola'. Tem que tirar um pouco a moral dele.

O treinador também explicou a opção de deixar Ganso no banco:

- Eu gosto de conversar com os jogadores, e o Ganso, depois do problema que ele teve, no jogo em Brasília, jogou os 90 minutos. Ontem chamei ele para trocar ideia, ele disse: 'até gostaria de jogar, mas estou bastante dolorido porque foi o primeiro jogo atuando 90 minutos. Prefiro ficar no banco e entrar no decorrer da partida'. Até porque é o desgaste para todo mundo - justificou.

- A cada três dias fica difícil de colocar os mesmos jogadores em campo. Por isso eu sempre digo para os meus jogadores estarem prontos. E hoje foi, de novo, um exemplo com vários jogadores diferentes e a gente conseguiu uma vitória brilhante diante do Vasco.

Veja outras repostas de Renato na coletiva:

Sobre Thiago Silva e a instrução defensiva no fim do jogo para a zaga

- Thiago é um monstro, né. Conheço ele há muito tempo, admiro muito como jogador, pessoa, é um jogador extraordinário, um grande amigo. Nós sabíamos que uma das jogadas fortes do Vasco era a bola aérea, não porque tomamos o gol. Ontem, conversei com eles durante o treino tático, treinamos bastante a bola parada justamente por isso, porque eles têm jogadores bons e altos, que cabeceiam bem.

- Então, no intervalo do jogo eu falei para o Thiago: "vamos virar esse jogo porque estamos jogando bem”. E falei que se estivéssemos ganhando no final do jogo ia colocar o Ignácio: 'você fica por dentro e faz um linha defensiva de cinco, porque o Vasco vai tentar de todas as maneiras colocar a bola na área'. Essa foi a intenção, fechar a casinha faltando cinco ou sete minutos, mas principalmente coloquei o Ignácio em cima de Vegetti, que tem sido um dos principais jogadores do Vasco. Porque uma bola parada, num cruzamento, decide muitos jogos.

- Lá contra o Atlético-MG, que nós tomamos aquele gol no final do jogo, ele (Ignácio) estava na beira do campo para entrar. Teve três escanteios rápidos e não deu tempo de ele entrar. Se estivesse em campo nós não teríamos sofrido aquele gol. Acontece, mas hoje não. Já tinha deixado bem claro para o Thiago fazer a linha de cinco e deixar o Ignácio com o Vegetti e foi isso que aconteceu.

Jogo com o uso dos laterais-direitos. Arias faz com que tenha mais volume por ali?

- Isso dá uma tranquilidade a mais para eles também. Eu discordo um pouco de vocês. Acho que é a qualidade dos meus laterais também. Não adianta nada o Arias ajudar, abrir espaço, se você não tem os laterais que não têm a condição. Os meus dois laterais-direitos são muitos bons. O Fuentes e Renê do outro lado também. Logo que cheguei falei para o presidente que de laterais estamos bem-servidos. Renê fez uma grande partida hoje, assim como o Guga. Coloco eles para jogar com total confiança.

- Mas, voltando à pergunta, é sempre um privilégia para os laterais ter o Arias na frente deles, que dá uma tranquilidade, preocupa bastante o adversário e está em grande fase. Mas volto a repetir, tem a qualidade dos meus laterais que jogam por ali, tanto do Guga quanto do Samuel.

Vantagem no retrospecto contra Fernando Diniz

- Vocês podem ver nos outros jogos também, é o modo que o Diniz gosta de trabalhar as suas equipes. Desde quando cheguei no Fluminense a gente tem a marcação alta, pressão, e sabíamos que o Vasco gosta de sair jogando, não gosta de rifar bola mas não foi por isso. Eu acho que o importante foi a entrega, a atitude que o meu time teve. Na minha opinião, o meu time foi melhor o tempo todo. Logo depois que tomamos o gol não nos desesperamos, continuamos jogando, aí o Vasco cresceu um pouquinho na partida, uma coisa normal, depois tomamos a rédea do jogo novamente.

- Voltamos para o segundo tempo bem e conseguimos o gol da vitória através do Guga. Acho que se alguém tivesse que ganhar o clássico hoje seria o Fluminense, por tudo que aconteceu na partida, com todo o respeito ao Vasco. Muitas vezes eu posso ganhar uma partida e o adversário ter sido melhor e venceu o Fluminense, eu sou muito sincero. Na minha opinião, o Fluminense foi melhor hoje em todos os sentidos e nós merecemos esses três pontos, pela entrega, pela dedicação, pelo que os jogadores fizeram em campo.

- Eu gosto sempre de elogiar o meu grupo. Hoje cheguei no vestiário e dei os parabéns para ele, não porque ganharam o clássico, mas pelo que eles fizeram em campo. Essa entrega é o mais importante. E o mais importante de tudo também é que estivemos em campo na última quarta feira, voltamos a jogar hoje com vários jogadores diferente e mantemos o sistema, conseguimos os três pontos e demos um salto, até então, na tabela, que era o objetivo.

Laterais artilheiros, e Paulo Baia

- Eu sempre falo que o jogador tem que treinar forte para jogar forte. Não importa se vai jogar 90, 45, dez, cinco ou três minutos. Ele é pago para correr. Todos os jogadores que coloco tem dado conta do recado. Os que entraram hoje, foram muito bem. E quanto ao Guga e ao Samuel, é a liberdade que dou para eles. São inteligentes, atacam bastante o espaço. Foi assim o Samuel também em Brasília (na Copa do Brasil, penúltimo jogo). Eu não gosto que meu lateral fique fixo e faça somente jogadas de fundo. Se tiver brecha para ir por dentro ele tem que ir. Essa liberdade eu gosto e eu gosto de ver eles entrando por dentro. Foi assim na quarta com Samuel e hoje com Guga, acertando aquele chute de fora da área. Eu até brinquei com ele depois do jogo: 'eu teria defendido aquela bola'. Tem que tirar um pouco a moral dele.

Fonte: ge